Aprendi como o silêncio quando tático é dadivoso. Ele me escudeia ou me inspira a ação. Por vezes, emudecida escuto as pessoas sem qualquer conhecimento acerca de algo entabular um assunto conservando-me calada e em paz. O silêncio quando estratégico organiza a ideia antes de compartilhá-la.
Eu por ser falha como tantos outros, ao posicionar-me sobre um tema por mais aleatório que pareça pondero se ele é equilibrado pela premissa básica de que consigo escutar além dos ruídos aparentes em meio a colocações sejam passivas (agressivas ou até assertivas) a minha própria coerência e incoerência que me deixa ensimesmada?!
Ao manusear as palavras enfileirando cada uma delas numa frase sempre me pergunto: compensa a exposição? E dessa forma mantenho muitas delas engavetadas para usá-las, adaptá-las ou descartá-las se preciso for, pois no final das contas quem escreve e fala se entrega e nem sempre vale a pena doar-se se ninguém prestar atenção.
Logo, sou pela comunicação genuína e  empática –  não a forçosa, que é especulativa e/ou falsa; sim, eu sou avessa a algumas imposições e a outras posições questionáveis.
