Amigos partindo me aproximam de quem fica. Este tipo de partida faz-me pensar acerca de quem permanece. Caso questionada sobre uma memória estupenda, asseguro: a coexistência.
O convívio de antes é dádiva vigente – gratidão que corre nas veias desta saudosista, quiçá inconformada com o sumiço físico; sempre pensando "podia ter aproveitado mais".
Este amor assíduo, então, no meio da falta e do arrependimento (quando as lembranças dedicam a nostalgia o seu carinho) desperta sons, cheiros gestos e mais... como marca de quem foi nos que ficam com o que tem: esse memorial de empatia – conserva do tempo e dos ativos tomados de afeto.
E quando a saudade lacrimeja no berço do privilégio, repouso dos laços fraternos e agora eternos, meu canal lacrimal se esvai em poesia declamando a presença na ausência.
À Tereza