Quando achei na identificação um
fio condutor para lição procurei sua mentoria.
Queria seu aval nada passional
sobre a artéria da alma ligada a poesia.
Cometi um equívoco ao procurá-lo,
sei disso...
Mentores não veneram as dores dos
amadores e eu não passo de uma neófita na escrita.
Descobri isto ontem quando a
lábia se fez tinta na história de boteco que – sem ver – eu escrevia.
Parecia um encontro onde me
desencontrei pelas muitas narrativas.
Com as palavras em linhas sou boa,
mas, ao vivo as desalinho em corações ao parti-los.
Não sei se me deixar levar,
dentro desse leva e traz, ajuda alguém no trânsito da fofoca.
Então, quando eu penso que achei meus
pares atento-me aos fantasmas em comum;
Sombras, remotas, evocadas pela
lembrança potente e efêmera de um amor confuso.
Engraçado que fantasias antigas só
me assombram quando velhos discursos me cativam.
Não sou espadachim e sim escudeira
preparada para defensiva de minhas próprias armadilhas.
Para atacar uso a rima e para
defender-me a rebobino para combiná-la com minha sina.
E viva os pretextos que viram
textos, não sei se sair – vamos rimar? – do contexto é ruim.
Há uma força pretérita no
presente experienciada para que o futuro ganhe vida na hora dele.
Coube-me – para isto – arrumar a
bagunça discursiva alojando na memória novas histórias;
Separando criador e criatura das
suas obras e ligações mais íntimas e nada profícuas.
E como fazer isto tudo sem
iludir-me que todos são lúcidos e felizes?
Haja discernimento, pois a
sabedoria segue reclusa e a curiosidade viva.