Eu que escorreguei em seu riso
(na esquina da boca entre lábios) ;
Que consumia seus pensamentos,Sediei seus surtos nos meus...
Eu que era bem cara a sua alma,
Cobiçava o véu sobre ela;
Que confundia lições com lesões,
Gabei a atenção que ganhei...
Eu que inflava ao ouvir "te amo";
Sentia o ódio sob o desdém;
Quando o vi distorcer minha fala,
Almejei não ser como és...
Eu que sossegada só escutava,
Admirava seu poder e saber;
Logo, percebi-me aliviada,
Bem melhor sem você.