quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Quase uma semana

Seis dias dentro de um quarto... Tenho tratamento vip através da mamãe. Mas é inviável não estar entediada, brava com a situação e meditativa. Quase uma semana pensando que tomei três doses, não tiro a máscara para nada, a maioria das vezes que me encontro com pessoas é em área aberta e cumpro o distanciamento. Então, é inevitável pensar que se todo mundo fizesse sua parte, se vacinasse e tudo mais, talvez eu não estivesse isolada. Todo amanhecer carrega a esperança de resgatar o bem estar interrompido. Todavia o combo dor de cabeça e laringite permanecem invictos, apesar de que miraculosamente os pulmões seguem sem infecções e além disso não tive febre – certamente por causa das vacinas. Já assisti coisas super aleatórias na internet e ouvi mais do mesmo em rádios onlines. Dos livros que trouxe para minha clausura o de psicopatologia foi o que me atraiu, só confesso que ler tem sido mais difícil (falta de clima, suponho). Perdi o aniversário do meu pai, reorganizei o meu – porém dado momento vivido (depois de outro teste) repenso inclusive se vou celebrá-lo, eu não sei, de verdade. Cancelei todos os meus compromissos agendados para breve. Porque diariamente eu penso "não posso transmitir essa bagaça para ninguém" ‐ é muito desconfortável essa situação por mais que eu esteja bem acomodada fisicamente falando. E não espero que ninguém me entenda ou viva algo similar para compreender, ao contrário. Espero que as pessoas tomem consciência sobre a importância da imunização sem sofrerem, pois se estou praticamente assintomática hoje é em função das vacinas que tomei. Acredite: como asmática eu não sei como estaria sem a vacinação. Por favor, vacinem-se! Sentiu qualquer mal estar: isolem-se, façam o teste e cuidem-se de acordo com os protocolos de biossegurança. Quer esbanjar saúde sem grandes mazelas? Pense em você agrupado ao todo que te cerca e constitui como ator social lutando em prol de muitos com tudo que tem: a sua vida!