terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Quando mais jovem

Todo mundo na vida conheceu alguém que o alertou de certo modo. Conheci Efe – um líder atento ao meu "interesse" no galego que não desgrudava de mim. Época delicada aquela, minha ansiedade era apressada e jovial como meu raciocínio era ligeiro para o frívolo. Sempre fascinada pelas interações humanas, os vínculos formados por meio de identificações e afinidades me apeteciam mais que o entrelaçar dos corpos. Será que exagerei? Talvez isso, até pelo jeito da criatura aqui, tenha confundido muita gente. As pessoas, quase sempre, presumem uma confusão da minha parte, no entanto mais afundo do que confundo certas relações. Quem não ou quem nunca, não é mesmo? Normalmente quando isso acontece: eles se distanciam, eu respeito; sou apartada de um núcleo ou até prefiro me afastar, eu aceito; e por fim esqueço, eu tento. Esquecer, na minha concepção, deveria ser tão importante quanto perdoar. Sei que o perdão absolve nossa falha com altruísmo, mas nem de longe sou altruísta – sou é esquecida, quem sabe por isto "milito" em prol do esquecimento?! F, meu velho amigo, se equivocou. Jamais quis ter meu cúmplice para sempre comigo, quis ser genial – como o cretino que escancarou minha admiração sem medidas – era. É óbvio que empolguei, que fui intensa e errei com gente linda demais (como sou, risos) para enxergar um pedido de socorro tão feio. Quem era eu nessa fase da vida senão uma jovem perdida nas minhas ilusões? O que F. precisava saber é que nunca desejei possuir meu "peixe" e sim sê-lo – para conhecer os mares que o acolhiam sem afogar-me nos meus rios. Ser invejoso é algo típico dos jovens? Duvido. O melhor, agora, é mergulhar nos lagos e oceanos, sem defeitos, depois de podar meus maiores preconceitos e pisar na terra dos humildes.