domingo, 6 de fevereiro de 2022

Vamos celebrar?

Três décadas e oito décimos de uma vida bem vivida. São muitas coisas armazenadas na alma e tantas outras esquecidas. Deletei todo o desperdício e resgatei os benefícios.  A maturidade é o bônus de dias longevos – amadurecer é uma sequela da sabedoria. Longe de ser sábia, contudo, conquisto a sensatez de forma gradativa. Não coroo os gênios ou caçoo os estúpidos, inteligência sempre foi algo relativo. Meu cotidiano não é todo lúcido e pacífico, há dias afoitos apartados dos tímidos. Em períodos assim eu aprendo e não me prendo só ao que compreendo. A rima segue colorindo minha base com sua simpatia. Se a matiz do amor é rubra, alva ou negra... não sei... Descobrir apagaria todos meus versos desenhados com lágrimas ou tintas. E se agora exponho meus espinhos é sem medo. Nunca escondi minhas pétalas, vivo o florescer e o ruir dos momentos mais íngremes. Enfim, essa suposta faixa etária não atravessa meu âmago; o corpo talvez; a essência, todavia, é análoga ao espírito. O bom de fazer trinta e oito anos é isto: tentar construir mais uma etapa da vida ouvindo e respeitando meus pequenos conflitos. Hoje: 6 de fevereiro, versejei o que pude para dividir com você este dia repleto de alegria; e se rimei palavras bonitas com experiências lindas foi para compartilhar minha gratidão cheia de estima por quem tanto me inspira.

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